Casório na serra

Este fim de semana um jovem casal de São Paulo trouxe seu casamento para a serra. A cerimônia-festa de para 100 pessoas foi na cantina do colega Roberto Tatini, na vizinha Sapucaí Mirim.

Como os pais da noiva são habitués da Champagny, tivemos a honra de hospedar os noivos e suas famílias. Tive então que me aventurar em minha primeira produção de chalé romântica, respeitando o melhor estilo rústico da pousada, é claro! :)

Espalhando as rosas...

...um cheirinho gostoso...

...et la lumière fût!

Hummm... melhor todas no centro.

Purê de ervilhas: o acompanhamento que intriga

É facílimo de fazer e no mínimo levanta a curiosidade das pessoas. É raro alguém que prove e não se pergunte "que raio de gororoba verde é essa?!".

O sabor adocicado não é unanimidade mas, para os que sabem apreciar, fica uma delícia como contraponto do apimentado steak au poivre, do azedinho frango grelhado com limão ou do tomate provençal. Já vi até pessoas que diziam detestar ervilhas, aderirem ao purê.

Ah! Mamães e papais, também é uma receita que agrada bastante a primeira idade! :D

                                                      
                                   

É só bater no liquidificador uma lata de ervilhas bem escorrida com um creme de leite uht de 200g. Tempero? Uma colher de sobremesa beeem cheia de açucar e uma pitada de sal. Só!

Aqueça no microondas ou no fogão (nesse tem que tomar cuidado pois a mistura engrossa mais rápido). Aliás, dependendo da ervilha e do creme de leite, a consistência às vezes fica mais para creme do que purê. Daí é só colocar um pouco menos de creme de leite, ou ir aquecendo até chegar no ponto.

Vida selvagem II: A vingança

Como estava dizendo no post anterior, os animais silvestres estão cada vez mais à vontade nos arredores da pousada. Mas bota "à vontade" nisso! Aquele esquilo ali da foto abaixo acaba de entrar na sala e marcar território, desinibido, na frente de um casal de hóspedes! Alguém já viu isso antes?!

Vida selvagem

Contente de ver cada vez mais animais silvestres passeando à vontade pelo sítio e se aproximando da casa sede sem nem mesmo se deixar intimidar pelos cães.

Um esquilo, inquilino já antigo mas cada vez mais assanhado, aparece todas as manhãs aqui na porta! Meses atrás observava curioso uma sessão de massagem ali no mezzanino.

Ok, verdade que nada demais até aí. Afinal, esquilos são figurinhas fáceis nas regiões de Campos ou Monte Verde.

Mas o que me dizem de um veadinho? Dias atrás, duas funcionárias que chegavam à pé deram de cara com ele já quase na altura aqui do estacionamento.

E eu mesma segui duas lontras quando estava saindo (de carro!), já por volta das 10h da manhã.

Sem contar tucanos, siriemas e outros pássaros, lagartos, tatus, bandos de sapos e os feiosos (argh!!!) gambas - desses eu poderia me privar.

Sinal de que esses 14 anos reflorestando, preservando e vivendo com tranquilidade no meio da natureza mostram aos bichinhos que antes de tudo a casa é deles e por aqui ninguém vai lhes fazer mal.

O acompanhamento chefe do restô.

Batatas sautées (as verdadeiras!)

A receita original francesa não tem nada a ver com a versão tupiniquim. Por aqui, elas são cozidas na água e passadas na manteiga com salsinha picada - uma heresia contra versão original, tanto na preparação quanto nos nomes que levam (soutés, sôtes e afins). As verdadeiras vão cruas para a frigideira e têm que saltar muito para ficarem gostosas!

              

Considere uma batata grande por pessoa. Lava-as bem, pois não vamos desperdiçar a casca. Além de ser nutricionalmente mais interessante, dá um toque original, mais rústico.

Corte-as em fatias de 1,5 cm de espessura, em seguida em cubos.

Cubra o fundo da frigideira com óleo (girassol ou canola), coloque as batatas picadas, sal e pimenta a gosto (eu uso sal grosso).

Mantenha a frigideira sempre tampada e em fogo baixo, assim as batatas cozinham por dentro, enquanto douram por fora. O segredo é deixá-las cozinhar pelo menos uns 5 minutos antes da primeira mexida, até que um dos lados já comece a dourar. Em seguida você deve virá-las a cada 3 minutos aproximadamente.

Se usar uma espátula, manipule com cuidado, para não estragar a casquinha crocante que vai se formando. O ideal é virá-las na munheca, fazendo-as saltar (daí o "sautées", :D). Se a frigideira tiver os cantos arredondados, com a lateral a 90º, esse malabarismo fica bem mais fácil! Para não esparramar um monte de batatas pelo fogão, você deve fazer um movimento rápido que começa com um empurrãozinho para frente seguido da munheca que quebra, ao mesmo tempo, para cima e para trás. Traduzindo: você joga as batatas contra a parede da frente da frigideira e com a munheca você faz elas darem uma cambalhota para trás, na sua direção.

Bom, se sobrarem batata na frigideira, elas ficarão prontas em aproximadamente 20 minutos.

O ideal é comê-las na hora, antes que murchem.

Obs.: Se for preparar em pequena quantidade, tome cuidado para não queimar as batatas antes que estejam cozidas por dentro. Por isso prefiro fazer umas 3 a 4 batatas por vez (para uma frigideira de 20/22cm), assim as que estão por baixo douram, enquanto as que estão por cima cozinham no vapor.

Passeios II: Sítio Pesqueiro Matão

É a pedida certa para um daqueles almoços tipo "de férias", demorado e cheio de entreatos.

 

Começando com um pouco de pescaria para os mais pacientes, com uma caminhada até a cachoeira para os mais enérgicos, com uma visita à lojinha para os mais consumistas ou com a truta já prontinha na mesa para os mais preguiçosos e famintos.

O peixe se traveste de isca, de croquete, de casquinha, de sashimi! 

Entre esses apetitosos petiscos e o buffet de saladas, eu costumo nem chegar ao "prato principal". Caipirinha, cervejinha ou suco de amora, cada um escolhe seu ritmo.

Fora que o trajeto inteiro entre a pousada e o pesqueiro é todo de paisagens bucólicas. Pastos, riachos, florestas, montanhas, obstáculos rurais...

        E assim se foi uma bela tarde...

                                   

Revista da Folha 10/07/2011

No caderno "são paulo", da Folha deste domingo, saiu uma ótima reportagem sobre a região.

Apresentando um bom resumo sobre o que é a temporada de inverno em Campos do Jordão, a revista dá dicas "para quem quer evitar as cotoveladas no meio da multidão do bairro Capivari", são algumas opções de passeios entre Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí.

   


Na página de hospedagem...
a Pousada Champagny! :D

Corpus Christi

Para bolar um brinde que tivesse a ver com o feriado, primeiro tive que buscar a origem de Corpus Christi, já que meus conhecimentos de "católica" não-praticante são completamente limitados!

Segundo o que descobri na internet, o feriado tem origem em uma solenidade em honra do Corpo do Senhor, criada pelo Papa Urbano IV, em 1264, num momento em que a Igreja Católica sentiu a necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado da Eucaristia. Aquele lance da Última Ceia, quando sabiamente Jesus simbolizou seu corpo no pão e seu sangue no vinho. Portanto, nada mais apropriado para celebrarmos a data do que uma taça de tinto e paezinhos de ervas.

Passeios I: Pico Agudo

O feriado de Corpus Christi está chegando!

São 4 dias completos para descansar bastante e ainda sobrar tempo para flanar pelos caminhos de Santo Antonio.                     

O ponto alto, literalmente, é o Pico Agudo. Com seus 1634m - alguns arredondam para 1700m ;-) - oferece o melhor ponto de vista da região. Um panorâma de 360º, sem antenas ou camelôs poluindo o visual como no vizinho Pico de Itapeva. Pode-se passar o tempo vendo asas e paragliders decolarem (os mais corajosos podem se lançar num vôo duplo pela módica soma de R$200,00 a R$300,00), venerar o por do sol ou fazer um pic-nic sob a lua cheia. Chova, faça neblina ou sol, a paisagem é sempre divina.

Não esqueçam os casacos!

(Fotos do Pico: Karen Francis e André Cerveny)

Na subida (9km a partir do centro) duas paradas obrigatórias para aqueles que gostam de esvaziar os bolsos ou simplesmente encher os olhos: Jardins de Barro e Prata D'Lua.

No atelier de cerâmica de minha amiga Cynthia Duarte, peças originais queimadas em alta temperatura e um papo sempre bem humorado.

    

       

Na loja dos amigos Guillermo e Cássia, jóias exclusivas e outras pequenas lembranças do artesanato local escolhidas a dedo.

          

  

                                               

Um mimo para os namorados da Champagny neste fim de semana.

Óleo de massagem, sabonete e sachê, tudo com cheirinho de capim cidreira e feito com carinho pela Ana da Pharmácia de Quintal.

Idéia de jantar romântico para o Dia dos Namorados.

Fondue vigneronne

Uma idéia de jantar romântico para comemorar este dia dos namorados, a fondue vigneronne aquece o ambiente, perfuma a atmosfera, inebria o paladar. Ao contrário da tradicional bourguignonne, não é no óleo que a carne será mergulhada mas no vinho! Muito mais saudável e aromática.             

400g de filet mignon em cubos

meia garrafa de vinho tinto

ervas frescas e secas à vontade (salsinha, cebolinha, majericão, ervas de Provence)

uma dose de conhaque

Já na travessa de serviço, tempere os cubos de filet mignon com as ervas, sal e azeite.

Coloque o vinho tinto e a dose de conhaque na panelinha de fondue, acrescente um tanto das mesmas ervas.

Hoje em dia existem vários tipos de geléias exóticas que fazem as vezes de deliciosos molhos (pimenta com alecrim, manga com maracujá, morango com pimenta, etc). Também tem os tradicionais rosé, mostarda e alho. Para estes eu preparo uma base de partes iguais de maionese e creme de leite, em seguida é só acrescentar o catchup, a mostarda (de Dijon preferencialmente) ou o alho e as ervas.

Para equilibrar o jantar, prepare também uma salada verde, rodelas de tomate, palmito, batatas cozidas. Aqui no restô sirvo com a crocante batata sauté, mas isto é outro post! hehe.

Na hora de servir, aqueça a panelinha com o vinho no fogão. Quando começar a levantar fervura, desligue o gás e acenda um fósforo sobre a panela – atenção! o fogo vai pegar! cuidado com cabelos e com o exaustor. Leve rapidamente à mesa, sobre o suporte com o rechaud aceso. Ele continuará flambando até o conhaque evaporar. Mesmo antes de apagar, vocês já podem começar a mergulhar a carne  no vinho.

Mais fotos!

A natureza como modelo sob o olhar do hóspede Paulo Manzano. Sempre dentro dos domínios da Champagny. Confiram todas as fotos na página "Fotos dos hóspedes"!

Velouté de abóbora com gengibre: simples e delicioso!

É a coisa mais simples de se preparar! Eu costumo usar a abóbora japonesa, mas servem também os outros tipos. Corto-a em cubos deixando um pouco da casca (primeiro porque é duro pacas de descascar! segundo porque meu quitandeiro disse que os japoneses costumam comê-la). Cozinho na panela de pressão junto com uma cebola grande e uma pitada de sal. Em seguida bato no liquidificador e volto a sopa para a panela para acrescentar o gengibre ralado - que tem que ferver um pouco para liberar o sabor.

Só assim já fica uma delícia, mas sirvo com um fio de creme de leite, parmesão ralado e cebolinha.

Massagem ayurvédica

Quem quiser aproveitar o fim de semana na pousada para relaxar ainda mais, pode agendar uma massagem. Temos duas profissionais que se deslocam até aqui. A Ana Flávia segue a linha ayurvédica, que oferece benefícios contra a fadiga, problemas musculares, doenças psicossomáticas, distúrbios do sistema nervoso, alterações ósteo-articulares, entre outros. E a Cássia, que trabalha com medicina chinesa - shiatsu, reiki e acunpuntura. É só escolher! ;D

Ana Flávia em uma sessão...

neste domingo

Champagny já tem história

Nossa... a pousada está ficando velha! Já começamos a receber nossa 2ª geração de hóspedes.

Aquela molecada que vinha com seus pais há 10 anos ou mais, cresceu e ficou  independente. Trocou pai, mãe e irmãos,   pela namorada(o).

Sinal de que a Champagny agrada a pais e filhos! :)



12 anos depois... Marquinhos agora acompanhado da Débora

No fim de semana passado, recebi o Marquinhos Korytnicki, 25 - seus pais foram pioneiros da Champagny.

Silvia e Daniel apareceram aqui pela primeira vez em julho de 1998, sua ficha   é a de número 009! (desde 2005, lá pelos   1000 e tantos, desisti de fichar meus  hóspedes).

Eles devem ter boas lembranças, espero. Como a do carter do carro estourado nessa subida, outrora de pedregulhos, que por si só era uma aventura. A do chalé fumegante pela falta de prática em acender lareiras (desculpe Dany, mas não era defeito da chaminé, rs).

Naquele tempo tínhamos hóspedes de menos e tempo de sobra, dava até para acompanhá-los à Pedra do Baú, sentar à mesa para dividirmos as refeições ou passar a tarde jogando baralho.

Carbonnara

Opa! Faz tempo que não posto uma receita.

É a vez do Carbonnara (fetuccine, spaghetti, penne ou qualquer outra massa, daí vai do gosto de cada um).

Escolho essa receita porque outro dia me surpreendi com o telefonema de uma antiga funcionária, me perguntando como prepará-la - ela queria fazer uma surpresa para o marido. Fiquei até desnorteada porque, aqui na roça, uma funcionária que não trabalha mais comigo há anos, vencer as barreiras da timidez, do telefone (aparelho que ainda assusta a muitas) e da antiga "hierarquia" é algo excepcional! E tocante. E sinal de que o carbonnara valia à pena!

Carbonnara                                                          

bacon – um tanto; quanto mais, melhor :-P

creme de leite – 100ml/pessoa é razoável

alho picado – ½ dente por pessoa é razoável

vinho branco – um tantinho

gema de ovo – 1/pessoa

parmesão ralado fino – duas colheres de sopa/pessoa é razoável

(mas como este não é um prato para pessoas razoáveis, fiquem à vontade com as quantidades!)

Pique o bacon em tirinhas. Coloque-o para dourar. Se estiver magro demais, vai precisar de um pouco de azeite. Se, ao contrário, estiver mais para gorducho, deixe-o fritar na própria gordura, que logo vai começar a derreter.

Se gostar, tempere com pimenta do reino. Já o sal, melhor deixar para o final - bacon e parmesão fornecem provavelmente o suficiente!

Acrescente o alho e, quando tudo estiver dourado a gosto, regue com um pouco de vinho branco para... "dégraisser", i.é., "desengordurar". O vinho retira tudo o que grudou na panela e que deixa o molho mais saboroso. Deixe reduzir um pouco e em seguida acrescente o creme de leite. Só no momento de servir, finalize adicionando o parmesão e a gema ao molho. Agora é só jogá-lo por cima da massa e salpicar de cebolinha e/ou salsinha picadas para decorar e aromatizar.

Um prato rico, que cai bem nos dias mais frios.

Vernissage na página "Fotos dos hóspedes"

No blog da Champagny, além dos acontecimentos e receitas, agora também temos uma página dedicada aos belos cliques feitos por nossos hóspedes, enquanto curtiam a pousada. Neste mês de maio, estreamos essa exposição virtual com a Tati Souza, que frequenta a pousada há mais de 10 anos.

Delicioso dia das mães!

Um mimo para as mães que comemoraram seu dia na pousada.

A Páscoa passou, mas a lembrança ficou...

Neste feriado prolongado, além das condições climáticas perfeitas, ;-) , os hóspedes da Pousada Champagny também foram presenteados com um brinde de Páscoa original: ovos de cerâmica produzidos por minha amiga Cynthia Duarte, do Atelier Jardins de Barro. O incontornável (e sempre benvindo) chocolate, era o recheio da surpresa.

           

A cebola caramelizada da salada Champagny

Nova receita! A surpreendente cebola caramelizada que vai na salada Champagny. Perfeita para os amantes do agridoce, leva vinagre e açucar.

Cebola caramelizada

1 cebola grande
vinagre de vinho tinto
açucar
sal e pimenta do reino
óleo de girassol ou  canola

Descasque e corte a cebola em rodelas grossas. Coloque-as em uma frigideira, ou panela, com o fundo generosamente recoberto de óleo e tempere com sal e pimenta.
Deixe a cebola dourar em fogo baixo.
Quando estiver no ponto desejado, regue com bastante vinagre (cuidado com o vapor de ácido acético! é bem desagradável de se respirar, rs).
Acrescente pelo menos uma colher de sobremesa bem cheia de açucar e deixe reduzir um pouco, mas não tudo! afinal é esse molhinho da cebola que vai temperar a salada, hummmm!!!
Jogue tudo ainda quente por cima de folhas verdes de sua preferência, cubinhos de queijo Minas padrão (que vão derreter com o calor da cebola!) e fatias de maçã com casca.
Para os mais gourmands, aconselho cubinhos de bacon dourados :P - que podem substituir a maçã ou ser um extra! A salada fica ainda mais completa.
Em princípio, nem é preciso temperar a salada se o molho da cebola estiver generoso, ele já tem tudo: óleo, vinagre, sal.

Essas medidas são para um prato de salada, que pode servir uma pessoa, se for um prato principal, ou duas, se for uma entrada. Você pode multiplicá-la a gosto, inclusive para guardar em um bocal e consumir ao longo da semana.

A cebola caramelizada que fica incrível...

 

...com folhas, queijo e maçã!

Variantes são aceitas, claro, e devem ser compartilhadas, :) , como um hóspede que usa açucar mascavo ao invés do refinado. Ou o queijo Minas padrão, que pode ser substituido por lascas de parmesão ou um Minas fresco para uma versão light.