. . . . . . . . . . . . . . o que acontece na Pousada Champagny em Santo Antonio do Pinhal, Serra da Mantiqueira, SP

Receitas do restô

Nesta página você encontra todas as receitas já postadas, role a barra até o final e se delicie!

Pesto de rúcula (molho para massa)

Não vivo sem massa, é a base da minha alimentação. Este pesto, que sempre tenho pronto na geladeira, é a liga perfeita para uma massa com outros dois de meus alimentos indispensáveis: tomate e queijo.
O pesto é ridículo de fazer. Basta bater no liquidificador um maço de rúcula com alho e sal a gosto, e azeite suficiente para transformar tudo em uma pasta.
Enquanto a massa cozinha, é só picar um tomate maduro e firme em cubos, assim que um pouco de mussarela de búfala. Separo em um copo algumas colheres do pesto que vou usar, diluo com um pouquinho da água do cozimento da massa e jogo por cima dela, com o tomate e o queijo no meio. Se tiver alguma folhas da rúcula, fica ainda melhor.
O resto do pesto se conserva na geladeira durante vários dias e faz a minha alegria para um almoço prático e leve.









Purê de ervilhas: o acompanhamento que intriga

É facílimo de fazer e no mínimo levanta a curiosidade das pessoas. É raro alguém que prove e não se pergunte "que raio de gororoba verde é essa?!".
O sabor adocicado não é unanimidade mas, para os que sabem apreciar, fica uma delícia como contraponto do apimentado steak au poivre, do azedinho frango grelhado com limão ou do tomate provençal. Já vi até pessoas que diziam detestar ervilhas, aderirem ao purê.
Ah! Mamães e papais, também é uma receita que agrada bastante a primeira idade! :D



            















É só bater no liquidificador uma lata de ervilhas bem escorrida com um creme de leite uht de 200g. Tempero? Uma colher de sobremesa beeem cheia de açucar e uma pitada de sal. Só!
Aqueça no microondas ou no fogão (nesse tem que tomar cuidado pois a mistura engrossa mais rápido). Aliás, dependendo da ervilha e do creme de leite, a consistência às vezes fica mais para creme do que purê. Daí é só colocar um pouco menos de creme de leite, ou ir aquecendo até chegar no ponto.





Batatas sautées (as verdadeiras!)

A receita original francesa não tem nada a ver com a versão tupiniquim. Por aqui, elas são cozidas na água e passadas na manteiga com salsinha picada - uma heresia contra versão original, tanto na preparação quanto nos nomes que levam (soutés, sôtes e afins). As verdadeiras vão cruas para a frigideira e têm que saltar muito para ficarem gostosas!
              
Considere uma batata grande por pessoa. Lava-as bem, pois não vamos desperdiçar a casca. Além de ser nutricionalmente mais interessante, dá um toque original, mais rústico.
Corte-as em fatias de 1,5 cm de espessura, em seguida em cubos.
Cubra o fundo da frigideira com óleo (girassol ou canola), coloque as batatas picadas, sal e pimenta a gosto (eu uso sal grosso).
Mantenha a frigideira sempre tampada e em fogo baixo, assim as batatas cozinham por dentro, enquanto douram por fora. O segredo é deixá-las cozinhar pelo menos uns 5 minutos antes da primeira mexida, até que um dos lados já comece a dourar. Em seguida você deve virá-las a cada 3 minutos aproximadamente.
Se usar uma espátula, manipule com cuidado, para não estragar a casquinha crocante que vai se formando. O ideal é virá-las na munheca, fazendo-as saltar (daí o "sautées", :D). Se a frigideira tiver os cantos arredondados, com a lateral a 90º, esse malabarismo fica bem mais fácil! Para não esparramar um monte de batatas pelo fogão, você deve fazer um movimento rápido que começa com um empurrãozinho para frente seguido da munheca que quebra, ao mesmo tempo, para cima e para trás. Traduzindo: você joga as batatas contra a parede da frente da frigideira e com a munheca você faz elas darem uma cambalhota para trás, na sua direção.
Bom, se sobrarem batata na frigideira, elas ficarão prontas em aproximadamente 20 minutos.
O ideal é comê-las na hora, antes que murchem.


Obs.: Se for preparar em pequena quantidade, tome cuidado para não queimar as batatas antes que estejam cozidas por dentro. Por isso prefiro fazer umas 3 a 4 batatas por vez (para uma frigideira de 20/22cm), assim as que estão por baixo douram, enquanto as que estão por cima cozinham no vapor.







Fondue vigneronne

Uma idéia de jantar romântico para comemorar este dia dos namorados, a fondue vigneronne aquece o ambiente, perfuma a atmosfera, inebria o paladar. Ao contrário da tradicional bourguignonne, não é no óleo que a carne será mergulhada mas no vinho! Muito mais saudável e aromática.             

400g de filet mignon em cubos
meia garrafa de vinho tinto
ervas frescas e secas à vontade (salsinha, cebolinha, majericão, ervas de Provence)
uma dose de conhaque

Já na travessa de serviço, tempere os cubos de filet mignon com as ervas, sal e azeite.
Coloque o vinho tinto e a dose de conhaque na panelinha de fondue, acrescente um tanto das mesmas ervas.
Hoje em dia existem vários tipos de geléias exóticas que fazem as vezes de deliciosos molhos (pimenta com alecrim, manga com maracujá, morango com pimenta, etc). Também tem os tradicionais rosé, mostarda e alho. Para estes eu preparo uma base de partes iguais de maionese e creme de leite, em seguida é só acrescentar o catchup, a mostarda (de Dijon preferencialmente) ou o alho e as ervas.
Para equilibrar o jantar, prepare também uma salada verde, rodelas de tomate, palmito, batatas cozidas. Aqui no restô sirvo com a crocante batata sauté, mas isto é outro post! hehe.
Na hora de servir, aqueça a panelinha com o vinho no fogão. Quando começar a levantar fervura, desligue o gás e acenda um fósforo sobre a panela – atenção! o fogo vai pegar! cuidado com cabelos e com o exaustor. Leve rapidamente à mesa, sobre o suporte com o rechaud aceso. Ele continuará flambando até o conhaque evaporar. Mesmo antes de apagar, vocês já podem começar a mergulhar a carne  no vinho.





Velouté de abóbora com gengibre
                                                                 
É a coisa mais simples de se preparar! Eu costumo usar a abóbora japonesa, mas servem também os outros tipos. Corto-a em cubos deixando um pouco da casca (primeiro porque é duro pacas de descascar! segundo porque meu quitandeiro disse que os japoneses costumam comê-la). Cozinho na panela de pressão junto com uma cebola grande e uma pitada de sal. Em seguida bato no liquidificador e volto a sopa para a panela para acrescentar o gengibre ralado - que tem que ferver um pouco para liberar o sabor.
Só assim já fica uma delícia, mas sirvo com um fio de creme de leite, parmesão ralado e cebolinha.




Carbonnara (molho para massa)                      

bacon – um tanto; quanto mais, melhor :-P 
creme de leite – 100ml/pessoa é razoável
alho picado – ½ dente por pessoa é razoável
vinho branco – um tantinho
gema de ovo – 1/pessoa
parmesão ralado fino – duas colheres de sopa/pessoa é razoável
(mas como este não é um prato para pessoas razoáveis, fiquem à vontade com as quantidades!)

Pique o bacon em tirinhas. Coloque-o para dourar. Se estiver magro demais, vai precisar de um pouco de azeite. Se, ao contrário, estiver mais para gorducho, deixe-o fritar na própria gordura, que logo vai começar a derreter.
Se gostar, tempere com pimenta do reino. Já o sal, melhor deixar para o final - bacon e parmesão fornecem provavelmente o suficiente!
Acrescente o alho e, quando tudo estiver dourado a gosto, regue com um pouco de vinho branco para... "dégraisser", i.é., "desengordurar". O vinho retira tudo o que grudou na panela e que deixa o molho mais saboroso. Deixe reduzir um pouco e em seguida acrescente o creme de leite. Só no momento de servir, finalize adicionando o parmesão e a gema ao molho. Agora é só jogá-lo por cima da massa e salpicar de cebolinha e/ou salsinha picadas para decorar e aromatizar.
Um prato rico, que cai bem nos dias mais frios.




Cebola caramelizada  (para incrementar saladas verdes)

1 cebola grande
vinagre de vinho tinto
açucar
sal e pimenta do reino
óleo de girassol ou  canola

Descasque e corte a cebola em rodelas grossas. Coloque-as em uma frigideira, ou panela, com o fundo generosamente recoberto de óleo e tempere com sal e pimenta.
Deixe a cebola dourar em fogo baixo.
Quando estiver no ponto desejado, regue com bastante vinagre (cuidado com o vapor de ácido acético! é bem desagradável de se respirar, rs).
Acrescente pelo menos uma colher de sobremesa bem cheia de açucar e deixe reduzir um pouco, mas não tudo! afinal é esse molhinho da cebola que vai temperar a salada, hummmm!!!
Jogue tudo ainda quente por cima de folhas verdes de sua preferência, cubinhos de queijo Minas padrão (que vão derreter com o calor da cebola!) e fatias de maçã com casca.
Para os mais gourmands, aconselho cubinhos de bacon dourados :P - que podem substituir a maçã ou ser um extra! A salada fica ainda mais completa.
Em princípio, nem é preciso temperar a salada se o molho da cebola estiver generoso, ele já tem tudo: óleo, vinagre, sal.

Essas medidas são para um prato de salada, que pode servir uma pessoa, se for um prato principal, ou duas, se for uma entrada. Você pode multiplicá-la a gosto, inclusive para guardar em um bocal e consumir ao longo da semana.

Variantes são aceitas, claro, e devem ser compartilhadas, :) , como um hóspede que usa açucar mascavo ao invés do refinado. Ou o queijo Minas padrão, que pode ser substituido por lascas de parmesão ou um Minas fresco para uma versão light.




Tarte Tatin (sobremesa)                             

200g farinha de trigo                                 
100g manteiga
50g açucar
um fio de azeite
maçãs

Com os ingredientes acima prepare a massa. Você vai precisar acrescentar água aos poucos até dar liga e chegar no ponto - nem muito grudenta, nem muito quebradiça.
Forme uma bola e deixe-a descansar em um lugar fresco enquanto cuida das maçãs.
Eu prefiro a gala, mais azedinha. A quantidade depende do tamanho da fôrma, eu uso em média 9 maçãs para a fôrma redonda de 30cm. Corte-as ao meio, descasque e retire o miolo com as sementes (com a ponta da faca ou com uma colher de café). Como é uma tarefa um pouquinho demorada, eu vou pingando limão nas que já estão prontas, para que não fiquem escuras.
Prepare o caramelo no fundo da forma com bastante açucar. Eu ainda coloco uns nacos de manteiga por cima do caramelo, para deixar a calda mais... rica! rs.
Agora vêm as maçãs! Arrume as metades no fundo da fôrma, por cima da calda de açucar, com o lado arredondado virado para baixo.
Abra a massa* e cubra as maçãs. Eu costumo abrir a massa um pouquinho menor do que a fôrma, para ela não encostar nas bordas. Primeiro porque, no calor do forno, ela acaba "lasseando". Segundo porque quando encosta na borda, acaba grudando com o caramelo e quebra na hora de virar.
Asse-a no forno pré-aquecido a 180ºC, por uns 40 minutos. Mas como sabem, esse tempo é meio empírico. O ideal é que a massa fique cozida e dourada por cima, as maçãs fiquem caramelizadas por baixo mas soltem do fundo da fôrma quando for virada! E isso, raramente eu consegui... rs. Geralmente faço uma ginástica para tentar desgrudar as maçãs do fundo da fôrma de ponta cabeça... :-/
Se alguém descobrir o segredo para chegar a esse "ideal", eu agradeço.
Mas é isso! Uma vez assada, retire a torta do forno, coloque por cima dela uma outra forma maior, ou um prato de bolo, e vire. Tome cuidado nessa manobra! se houver muita calda ela pode respingar em você.
Voilà!
A maioria das pessoas ama com um sorvete de creme! Eu confesso que prefiro natural, com um fiozinho de limão (cravo do meu quintal, de preferência, rs).

*Uma dica preciosa: abrindo a massa entre dois sacos plásticos, ela não grudará no rolo! Em seguida é só tirar o plástico de cima e escorregar a mão por baixo do outro para ajeitar a massa por cima das maçãs sem quebrá-la.

2 comentários:

  1. Oi Evelize,
    Muito legal o blog da pousada, ficou lindo!
    A melhor parte é a das receitas hehehe, vou copiar todas.
    Parabéns!
    Bjs,
    Bruna.

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  2. Brigada Bruna! E pode copiar, aproveite. bjs. Eve

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